Wednesday, March 16, 2011

Saudade.

Fico pensando o que nos provoca a saudade. Será a ausência do outro ou das atitudes do outro?
Me pego pensando em abraços, beijos, carícias mil. O calor e a maciez da pele, o cheiro dos cabelos, o tato no corpo.
E as conversas, aquelas que duram horas e horas e ao final dela se chega a conclusão que, sendo bem sincero, não falou-se nada de tão interessante, apenas conversou, jogou conversa fora.
Ligações que duram quarenta, cinqüenta minutos, que acabam com aquela briguinha de quem desligará primeiro.
O ciúme, aquele sadio que todo o ser humilde e apaixonado tende a ter.
Pensei na no jogo de sedução e como isso é belo. Um detalhe na roupa da sua cor favorita já é motivo para elogios. Todo o processo, por vezes rápido e por outras demorado, com quase sempre resultado impecável. Uma jogada de cabeça ligeira para o lado e a pergunta rotineira "como estou, estou bem?" E dá - e pode - dizer que não?
Filmes assistidos em conchinha, carícias nos cabelos enquanto se falam...
Agora voltando... A saudade está direcionada à pessoa que proporciona toda essa felicidade ou às ações propriamente ditas? Será que fazemos uma relação Sujeito-ação que nos faz "pensar" que sentimos falta do outro, não de suas ações?
Sabe, na verdade eu não sei o porque de eu estar racionalizando tudo isso, pois na verdade o que eu sinto é falta de disso.
Verdade, sinto falta disso.

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